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Catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo

A catarata, problema na opacidade do cristalino que dificulta a realização de atividades simples no dia a dia, como ler, e acomete principalmente os idosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas.

Apesar deste cenário parecer difícil, os avanços nos tratamentos de doenças oculares e da cirurgia oftalmológica continuam crescentes. A Dra. Renata Attanasio de Rezende Bisol, membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR-BRASCRS), destaca alguns pontos importantes sobre os novos tratamentos para catarata.

“Por enquanto não há terapia clínica para a catarata. A partir do momento que o oftalmologista faz o diagnóstico e que existe repercussão clínica, o único tratamento eficaz é o cirúrgico onde se substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente”, afirma.

Pesquisas e estudos experimentais têm sido realizados em animais com o uso de colírios contendo substâncias como a N-acetil-carnosina, antioxidante que parece prevenir e até mesmo dissolver complexos proteicos causadores de certas opacidades cristalinas.

Além disso, “os avanços no tratamento cirúrgico da catarata nos últimos anos foram diversos e pode-se destacar, a introdução do laser de femtosegundo que possibilitou uma maior precisão nas incisões, desenvolvimento de aparelhos que realizam medidas pré-operatórias do grau da lente intraocular a ser implantada (biometria) e a redução gradual do tamanho das incisões, viabilizada por conta das modificações nas ponteiras dos aparelhos de facoemulsificação”.

Medicamentos

Por enquanto não há nenhum tratamento medicamentoso que comprovadamente previna ou reduza o desenvolvimento de catarata em olhos humanos. “Sabe-se que o estresse oxidativo é cataratogênico. Consequentemente, os antioxidantes agiriam na prevenção do desenvolvimento e/ou da progressão da catarata. Desta forma medidas como a redução da ingesta de bebidas alcoólicas, do tabagismo da exposição aos raios UVB e uma dieta rica em vitaminas A,C e E e betacaroteno foram consideradas protetoras para o desenvolvimento de catarata por alguns autores”, afirma a médica.

Fatores de risco

O principal fator de risco para a catarata é o envelhecimento. “Outros fatores importantes para o desenvolvimento da catarata são tabagismo, Diabetes Mellitus, exposição à radiação ultravioleta (UV), principalmente raios UVB, uso de corticoide oral e tópico.”

Condições como alta miopia, redução de estrogênio pós-menopausa, genética, estado nutricional também está na lista dos fatores de risco. Além disso, a relação entre índice de massa corporal e o consumo de gordura devem ser observados.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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